Dissertações e relatos de dois taberneiros sobre coisas mundanas...e não só.

30
Nov 07

Efectivamente já passou algum tempo desde a minha última abordagem ao mundo e aos homens (e mulheres)...
Os ventos correm fortes e céleres não me deixando narcotizar o espírito, e como tal tenho muito para narrar, dissertar, quer sobre a forma de um devaneio ou crença.

 

…falta-me tempo confrades, falta-me tempo…

 

Mas este voltará um dia e será semeado por mim, irmãmente, pelos cantos da minha existência que agora ganham mofo e teias de aranha…

Esta taberna será uma vez mais um rio, com os seus afluentes (Vós) e as minhas águas.

 

Deixo-vos com esta jura e desejo, até porque não consigo alojar no peito todos os fascinastes episódios que tenho vivido estes últimos tempos, com livros debaixo do braço e sobre um tecto escolástico…

 

Até um dia destes…


 

Inocêncio da Silva

publicado por Inocêncio da Silva às 19:26

17
Nov 07
Como não tenho muito tempo para vos escrever, dou-vos musica...


publicado por Inocêncio da Silva às 18:51

12
Nov 07

Nunca perdi muito tempo para pensar em sensualidade ou em esquemas de sensualismo, até porque não tenho, nem nunca tive, tempo nem circunstância para me deleitar em tais prazeres, infelizmente…

 

Tenho descoberto pela blogosfera fora, recantos repletos de sensualidade, luxúria, lascívia, impudicícia e uma agradável diversidade de experiências vindas de um qualquer lugar, sob uma qualquer forma, e vistas por vários prismas.

Confesso que suspeito da veracidade de algumas, mas não me importo muito com isso…

Deixam-me a matutar, a reviver, e a afigurar-me como um dos intervenientes, completamente embriagado com a prosa…

 

Começa a acordar em mim alguma sensualidade ou o desejo dela, a aptidão de a reconhecer na rua, e o toque…

Sou e sempre foi algo rude e bravio, muito pouco dado a grandes demonstrações emocionais, e com algum embaraço em me expressar nesse campo.

Mas com as palavras posso eu bem…agora o toque…

O resultado que tem em mim é algo que ainda não consigo compreender, mas é de uma grandeza que me intimida. É algo desconhecido á minha pessoa, e como todo o ser humano, receio o desconhecido e afasto-me dele sempre que posso.

Sou um animal mais sexual que romântico, e apesar do sexo envolver toque, o estado a que nos leva o acto da copula faz-nos esquecer o tempo, espaço e os nossos temores.

 

Reneguei a minha sensualidade por ter renegado o toque…

Hoje sei…

Mas ainda tenho tempo, ainda posso ser absoluto…

Mas tenho que ter cautela, porque este é um ponto débil no meu ser e não quero acabar caído no chão com um simples toque…


 

Dado á nossa consideração por R.T.

publicado por tavernacanecadeferro às 12:44

06
Nov 07

Boas noites e bons ventos,

Apresento-me, Inocêncio da Silva e este homem que se abeira de mim é o Tony.

O Tony já faz parte da casa.

Homem das noites boémias, mas não como interveniente. O Tony é segurança da noite, (vulgo gorila…) de meios pândegos e extremamente pesados de conteúdo.

Dotado de uma forma física invejável, resultado de muitos anos de culturismo, foi em tempos nome cimeiro nos meandros da competição do culto do físico…

 

Á algum tempo atrás, o Tony conheceu, através de amigos em comum, uma jovem Psicóloga, a exercer, que reconheceu alguns atractivos ao nosso amigo logo ali no primeiro encontro…

Aquele físico tocava-lhe particularmente…

O seu dilema era a “possível” falta de inteligência e a (in) capacidade de raciocínio que este culturista deveria ter. Erradamente, a opinião geral das massas consiste em rotular estes espécimes como energúmenos, lentos de raciocínio, os seus diálogos estão limitados ao seu meio envolvente, etc…Burros e broncos esse pessoal do ferro!!!

Ela gostava de um homem que lhe desse luta verbalmente, que desse ímpeto a uma qualquer conversa por muito banal que fosse, que soubesse mais que ela sobre um qualquer assunto mundano, enfim alguém com quem se pudesse conversar, coisa que dificilmente um tipo do ginásio conseguiria preencher em si.

Mas o Tony não é o típico gorila de ginásio…

Letrado q.b. foi até onde pode ir em termos de estudos escolásticos, e apesar de não ter seguido o rumo academial, nunca encerrou a sua mente a novos desafios nem tão pouco limitou os seus horizontes ás paredes do ginásio, ou á porta do local onde fazia segurança.

 

 (…) E a conversa fluía, assuntos diversos, banalidades do quotidiano, uma dose de humor impressionante, a profundidade de um ou outro pensamento sobre a vida…

 

A partir de certo paragrafo deste encontro trivial, o Tony leu nos olhos da moça, passo a citar:

“ Ela quer comer-me!” – Fim de citação.

E queria mesmo…mas como pode ele verificar isto que me conta, e que eu vos relato? Simples caros Watson´s, depois de algum tempo eles acabaram por formar um casal, e durante essa relação – que durou alguns anos – ele teve oportunidade de tirar as duvidas relativamente ás primeiras impressões que a rapariga tirou sobre a sua pessoa naquela época.

 

Começaram as saídas casuais, os telefonemas, os convites, etc que se foram proporcionando de acordo com a agenda de cada um, e durante os quais o nosso amigo Tony verificava o desejo da rapariga em consumar o acto da copula com ele, e que aumentava a cada cinema, jantar, ou simples conversa limitando-lhe o espaço de manobra.

O casaco começava a ficar apertado ao nosso amigo Tony.

Penso que será pertinente dar a conhecer um pormenor sobre a forma de pensar do Tony:

Ele estava a mostrar á Senhora Doutora que, por ser apenas um mero segurança, não queria dizer que fosse fácil de caçar. Gostava, tal qual qualquer homem, de ser cortejado, e não queria ser apenas “usado” para determinado fim mesmo que o desejo do mesmo ardesse calorosamente dentro de si, roubando-lhe o sono durante algum tempo (Meu Deus, se te apanho…).

- “ Calma Tony, que ela ainda tem que penar algum tempo…” – dizia ele aos botões dos seus boxeurs.

 

Como a vontade é de ferro, e se Mahomed não vai á montanha, a montanha vai a Mahomed, a jovem e ansiosa rapariga engendrou uma forma de encurralar o nosso Tony para que lhe fosse difícil escapar: Um jantar a dois em casa dela.

Fez-se o convite que foi aceite sem reservas.

 

O cenário estava montado com luz de velas, musica ambiente a condizer, enfim a armadilha perfeita e devidamente encapotada.

Ela quer comer-me hoje e aqui!” pensou o Tony ao observar o magno esforço da moça em lhe assaltar o estômago e os sentidos, para depois o consumir em luxúria (…)

 

O jantar fluía junto com a conversa sem que assuntos íntimos fossem abordados…até á sobremesa e café!!!

Nesse parágrafo, e segundo o nosso Tony, o espaço de manobra começou a fechar-se, dando-lhe uma sensação claustrofobica e desconfortável, enquanto a rapariga o envolvia com o seu jogo.

 

Mas de súbito, o nosso honroso Tony desembainha a seguinte afirmação:

“ Não sei o que pensas de mim, mas eu não sou daqueles de ir para a cama logo nos primeiros encontros.” Ponto final, paragrafo.

 

Eu, Inocêncio da Silva, confesso que fiquei de cara á banda, vulgo queixo caído, com este volte face inesperado do meu probo amigo Tony …

 

Resultado: no dia seguinte o nosso Tony recebeu no seu domicilio um ramo com 50 rosas como mostra de grande respeito, consideração e também como pedido de desculpa, por ter de alguma forma ofendido a susceptibilidade de tão digno carácter e ter erroneamente rotulado este espécime único como “mais um…”.

 

Podemos concluir que, se usarmos os métodos femininos contra o feminino, o efeito supera em muito aquele que tem na nossa espécie quando somos alvos do mesmo.

 

Portanto caros confrades, façam-lhes a elas aquilo que elas vos fizeram a vós, porque alem da vendeta, o nível a que elas nos elevam dificilmente será superado pela concorrência, que basicamente se restringe ás suas ridículas e muito gastas armas.  

 

Inocêncio da Silva
publicado por Inocêncio da Silva às 14:08

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